Dez Tostões Tinto 2014

Destinado ao pessoal de barba rija, a Herdade da Maroteira tem este vinho que de "Dez Tostões" não tem nada.

Vá de lote composto por Aragonez(30%), Alicante Bouschet (30%), Touriga Nacional (30%) e Syrah (10%) com um resultado liquido de 15% de grau alcoólico e toma disto. 

Em suma: um vinho com muito corpo, muito alcoólico e também muito saboroso e guloso com uma vertente gastronómica muito acima da média.

Resultado, um amigo que não gostava de vinho tinto não lhe resistiu depois de  uma singela prova.

E é bom... e pronto! Vale a pena.

UnderDog Castelão 2008

Reza a história que no Vale das Areias estavam umas 400 garrafas de vinho, abandonadas, da colheita de 2008 e o produtor não sabia muito bem que destino lhes dar. O enólogo Hugo Mendes, gostou do vinho, e ficou com ele. Posto isto "chancelou" o vinho, fez um concurso de rótulos, escolheu um vencedor e vendeu o vinho. Deixo abaixo o video do Hugo Mendes.
Eu comprei 6 garrafas, à confiança da palavra do enólogo, e muitas coisas poderia dizer sobre o vinho, mas não vou dizer muito, até porque já vão ter muita dificuldade em comprar alguma garrafa.
Só fiz este post para dizer o seguinte (e não me alongo mais): podemos andar aqui armados em provadores e coiso e tal, e dizer que gostamos do vinho X porque coisas e do Y por outras coisas mas na realidade o que conta mesmo é eu abrir uma garrafa, como abri o de underdog, beber um copito (só um, como faço diariamente), mas não resistir e durante esta sexta-feira santa, desmanchar a garrafa porque aquilo estava tão bom... mas tão bom... que não deu para sobrar.
E é isto em última análise o que procuramos nos vinhos.
Um vinho tão bom, nada consensual, que precisa arejar umas horas valentes, mas quando vai à boca é irresistível.

Rovisco Pais Premium Tinto 2012

Da Adega de Santo Isidro de Pegões, o Rovisco Pais Premium 2012 prometia um rácio qualidade/preço acima da média, como aliás é apanágio deste produtor.

Na grande distribuição encontra-se a um preço elevado (Aprox 12€) mas está constantemente em promoção (aprox 4€). Dentro do patamar de 4€, parece-me ser a intenção de patamar da adega de Pegões, o objectivo foi plenamente alcançado, conseguindo lançar um bom vinho (grande vinho para este preço) a um custo bastante residual

Existem algumas criticas negativas relativas ao excesso de madeira, mas é mesmo uma questão de gosto, e não me parece que seja para esconder qualquer deficiência do vinho. Já provei vinhos bem mais caros cheios de deficiência e impregnado de "pau", este não é o caso.

Talvez tenha sido o melhor vinho que provei nesta gama de preços e acima de tudo é um vinho que traz prazer à mesa, muito bem executado e com 6 anos de garrafa está muito bem de saúde e até acho que está no seu expoente máximo.

Recomendo aos meus amigos, mas já sabe, se não suporta a evidência da madeira, não é um vinho para si.

Casa Ermelinda Freitas Sauvignon Blanc e Verdelho 2014

Bom branco, fresco mas com algum com corpo. Guloso até mais não, foi muito bem com Sushi e acompanhará com elegância um bom peixe na brasa, um arroz de peixe e por aí em diante.

Não é propriamente barato (7€ a 8€), mas recomenda-se.

Se tem amigos que só bebem zurrapa, vão ficar malucos com isto. Para conhecedores, poderão achar um vinho bastante interessante. Eu adorei! 

Bairrada em Lisboa 2018

Tive a oportunidade de estar no evento Bairrada@LX 2018 no estudio timeout - Mercado da Ribeira.
Como já devem ter percebido por esta altura, tenho um fascínio por vinhos e muita curiosidade sobre tudo o que o rodeia.

Ao longo do tempo não tenho tido muita interacção com os profissionais do sector e isso de alguma forma faz-me ver o vinho sentado no cadeirão, como se estivesse a assistir a um jogo de futebol. Em todo o caso e de forma natural isto tem mudado e vou galgando filas no estádio e interagindo a espaços com algumas pessoas que estão mais por dentro deste mundo.

Um evento deste género faz com que a nossa aproximação a casas, produtores, enólogos seja maior, e o que conta já não é só o resultado do vinho, mas a ideia, o projecto, os sucessos e fracassos, a evolução, a subjectividade dos gostos e a interpretação das ideias.

Em suma, e não me querendo estender muito (para já), provei vinhos muito bons, outros que não achei muita graça, arejei as ideias e mudeis num par de horas, várias ideias e preconceitos. Foi, portanto, um momento "espumante" na minha cabeça... arejei e refresquei tudo o que achava que gostava e não gostava.

Menos filosofia e mais objectividade: 

• Evento muito bem organizado.
• Excelentes novos projectos na região.
• Nota especial para a Adega de Cantanhede que a meu ver se destacou em todos os aspectos, desde a consistência dos vinhos, ao contacto com o consumidor.
• Comprei alguns vinhos no evento, mais difíceis de obter e espero falar de cada um deles (espero ter tempo... tenho bebido mais do que escrevo).
• Alguns aspectos negativos para alguns produtores. Vou aguardar e ponderar o que escrever desses aspectos (vou refrear o ímpeto) 

Bem, para o ano conto estar novamente e entretanto vou ver as vistas a outras regiões.

Periquita Original 2015 Tinto

Não me vou alongar muito com o texto. O Perquita Original 2015 Tinto é uma decepção monumental.
Sempre foi um dos vinho pelo qual sempre tive grande apreço e nesta colheita conseguiram estragar tudo.
Demasiada acidez e desenchabido no sabor.
Por esta não esperava.
Corrijam isto, não deitem no lixo um nome com tanta história.

Bafarela Grande Reserva Tinto 2014

Sertã, maranhos, bucho e Bafarela Grande Reserva Tinto 2014. O que pode falhar?

Nada, absolutamente nada. Um dos melhores jantares que tive. Com a mista de bucho e maranhos a criar a riqueza da refeição com uma cereja excepcional que é o Bafarela Grande Reserva.

Uma refeição de outro mundo!

Todo o conjunto ficou excepcional, e o bafarela ainda conseguiu ser estrela. É um vinho muito bem feito, guloso e com um preço muito equilibrado. Podem encontra-lo por 10€ numa boa garrafeira.

E é tudo... pelo menos por agora :)