quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Herdade do Mouchão Tonel 3-4 2008

Pois bem. Este tinto era, até há bem pouco tempo, um mito para mim.

Já tinha ouvido falar do famoso "Tonel 3-4-" da Herdade do Mouchão, mas nunca tinha visto para venda nenhum exemplar com excepção do online onde consegui encontrar à venda na Garrafeira Nacional a um preço que nos faz tossir umas vezes.

Segundo o produtor, este vinho é feito unicamente com uma selecção de uvas da casta Alicante Bouschet provenientes da Vinha dos Carapetos. 

Após a fermentação e comprovada a sua qualidade, o vinho é  trasfegado para os tonéis 3 e 4, de carvalho português, macacaúba e mogno, onde estagia durante 24 meses. Depois de reavaliada e novamente confirmada a sua qualidade, o vinho é engarrafado e repousa durante 24 a 36 meses em ambiente climatizado. A sua produção muito limitada apenas ocorre em anos de qualidade excepcional, o que lhe confere um estatuto de ícone. 

Reza a lenda que este vinho surgiu fruto do acaso, ou seja, para além do tratamento e da escolha das melhores uvas daquela vinha, percebeu-se que do estágio nos toneis 3 e 4 resultavam vinhos superiores aos restantes toneis.

Posto isto, é natural que um tipo como eu ficasse em estado de choque ao ver que lhe tinham oferecido uma história destas dentro de uma garrafa, ou seja 75cl de felicidade.
Abri a garrafa de Herdade do Mouchão Tonel 3-4 2008 e bebi! Parecia um miúdo a comer gomas.
Gostei muito e vendo a minha reacção já me ofereceram a de 2011.

No entanto, e não há bela sem senão, com tanta excitação acabei por cometer um erro. assim que dei os primeiros goles percebi que a tinha aberto cedo demais, ou seja, dois anos mais tarde e desidratava de com tanta lágrima de felicidade.

Não sei se assim é, mas foi isto que pensei.

Acho que encontrar este vinho à venda (o de 2008) é virtualmente impossível, mas se puserem as mãos no de 2011 aguardem... não tenham pressa. Os preliminares são fundamentais!





segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Cortes de Cima Tinto 2012

Mais um tinto do Alentejo, de uma casa emblemática. O Cortes de Cima Tinto 2012, é um bom vinho a grande preço, com uma combinação perfeita com assados - Neste caso acompanhou um lombo de porco assado no forno.
Bebe-se com prazer e os frutos de bago preto estão presentes, juntamente com notas balsâmicas. Um vinho que será apreciado por todos.
Este vinho foi envelhecido em barricas de carvalho francês e americano e posteriormente loteado para equilibrar a fruta varietal e a complexidade do carvalho.
Este vinho também tem no seu curriculum algumas medalhas, tais como: uma medalha de prata no Mundus Vini 2016 e uma medalha de prata no Concours Mondial Bruxelles 2015.
Para além disso conta com uma avaliação de 16, 5 na revista de vinhos.
Recomendado!


- Ficha Técnica -
Preço em garrafeira (Aprox.): 8€.
Região: Alentejo
Álcool: 14%
Enólogo: -
Castas: Syrah, Aragonez, Petit Verdot, Touriga Nacional.
Modo de Servir: 18º


Cortes de Cima Rótulo 1

Cortes de Cima Rótulo 2

domingo, 1 de janeiro de 2017

Serros da Mina 2004 Tinto

Este vinho foi galardoado com uma medalha de prata em 2007 no concurso Wine Masters Challenge, mas o que dizer dele 13 anos depois da colheita?
Ao abrir a garrafa fiquei com a sensação que ia beber um vinho em final de vida, já cansado pelo tempo em garrafa, no entanto a surpresa foi massiva ao perceber que este vinho ainda tem uma vitalidade gigante.
Serros da Mina 2004 Tinto, é um vinho cheio de vida, basta que tenha o tempo suficiente para respirar... e aí vêm todos os frutos vermelhos compotados e com taninos ainda em grande apreciar esta especialidade alentejana.
Não é um vinho de classe mundial, mas tem muita genica e é um vinho que ainda surpreende após todos estes anos.
Já não se vende por aí, mas se encontrarem uma garrafa, força nisso!


- Ficha Técnica -
Preço em garrafeira (Aprox.): ND.
Região: Alentejo
Álcool: 14%
Enólogo: Paulo Laureano
Castas: Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet,
Modo de Servir: 18º


Serros da Mina 2004 Tinto Rótulo 2

Serros da Mina 2004 Tinto Rótulo 1

sábado, 31 de dezembro de 2016

Pingo Doce Palmela Tinto 2014

Pingo Doce Palmela Tinto 2014

Não é hábito que cá por casa existam garrafas de vinho "marca branca", isto porque quando olho para estas garrafas, fico sempre com a impressão que lhe falta "alma". Perde o romantismo, e em vez de ser a bela e elegante esposa, parece-me que se aproxima mais de uma meretriz de beira de estrada.
Outras superfícies comerciais percebem isto, e por isso o Continente tem a marca Contemporal, o Lidl tem o exclusivo da Azinhaga d'ouro, e por aí em diante... dando uma cara a algo que poderia ser simplesmente um vinho com o nome do supermercado escarrapachado no rótulo da garrafa.
O Pingo Doce fez de forma diferente, e colocou o seu nome no rótulo, mas comprometeu o enólogo e a casa que o produz, e isto  é de facto uma mais valia... pelo menos aparenta ser.
Pingo Doce Palmela Tinto 2014, provém da Casa Ermelinda Freitas e é assinado pelo prestigiado e conhecido enólogo Jaime Quendera, que está por detrás de grandes vinhos da região de Palmela.
É um vinho simples e sem grandes pretensões, bem executado e adequado ao preço. Não desaponta e é gastronómico. É um bom vinho, e é bom para tirar preconceitos e limpar o pó às ideias pré concebidas.
Se é este o dinheiro que quer ou pode gastar, pode optar por este vinho. É uma escolha interessante.



- Ficha Técnica -
Preço em garrafeira (Aprox.): 1,99€.
Região: Palmela
Álcool: 14%
Enólogo: Jaime Quendera
Castas: Informação não disponível
Modo de Servir: 16º




terça-feira, 20 de outubro de 2015

Azinhaga de Ouro Douro Branco 2014

Gosto muito da tropicalidade dos brancos do Douro e aqui há uns meses surgiu a notícia que este vinho, o Azinhaga de Ouro Douro Branco 2014,  tinha sido considerado pelo The Times como um dos melhores vinhos de supermercado para o verão de 2015, ficando mesmo no primeiro lugar numa lista de 50.
Fui investigar e percebi que este vinho custava a ridícula quantia de 1,95€ e era distribuído em exclusivo pela cadeia de supermercados LIDL. 
Como devem calcular, fui a caça e trouxe para casa... o resultado... bem para além de surpreendente. Todo o sabor dos brancos do douro está dentro da garrafa.
Gostei mesmo muito e paguei uma ninharia por um vinho ao qual tiro o meu chapéu.
Não é um vinho de topo mas com este preço fica no top de compras acertadas.

- Ficha Técnica -
Preço em garrafeira (Aprox.): 1,95€.
Região: Douro
Álcool: 13%
Enólogo: -
Castas: Informação não disponível
Modo de Servir: 10º


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Monte das Ânforas Tinto 2013

Quando compro um vinho da Bacalhôa, a minha expectativa é ter sempre o topo daquela gama de preços. E é assim que acontece a maior parte das vezes, no entanto, no caso do Monte das Ânforas Tinto 2013 não é exactamente assim.
O vinho é interessante, mesmo para a gama de preço, mas fica aquém do nome Bacalhôa. Aliás, perde claramente para o seu primo da região de Palmela, o Serras de Azeitão.
Se tiverem uma garrafa perdida lá em casa, se apanharem uma promoção, ou se forem fãs incondicionais deste vinho, bebam. Com certeza não se irão arrepender. Se não for este o vosso caso vão experimentando outras referências, porque este vinho não vos vai dizer muito.

- Ficha Técnica -
Preço em garrafeira (Aprox.): 2,99€.
Região: Alentejo
Álcool: 14%
Enólogo: -
Castas: Aragonez e Tricadeira
Modo de Servir: 16º


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Vila de Frades Branco 2013

Vila de Frades Branco 2013, é o típico branco da Vidigueira.
O Verão já era, mas os dias de sol continuam e nada melhor que regar um belo robalo grelhado com um bom branco da sub-região da Vidigueira.
Um belo branco, que não permite que sobre qualquer gota na garrafa para uma próxima refeição. É o defeito que lhe vejo... não dá para ficar na garrafa... tem de ser bebido!
A diferença do vinho, estará eventualmente na combinação das castas. Confesso que nunca tinha bebido um vinho com Perrum e Manteúdo, ou talvez seja apenas da forma como é feito. Não faço ideia!
Gosto muito e recomendo!

Nota: Preço ajustado, mas encontra-se muitas vezes em promoção no Pingo Doce.

- Ficha Técnica -
Preço em garrafeira (Aprox.): 4€.
Região: Alentejo
Álcool: 13%
Enólogo: -
Castas: Antão Vaz, Perrum, Manteúdo e Roupeiro
Modo de Servir: 10º